Stephen King revela 3 dicas de escrita que irão transformar o seu conteúdo

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Cansado de vender seus artigos por 5 ou 10 reais? Para cobrar mais pelos seus conteúdos, você precisa ler bons livros? A gramática é mesmo tão necessária? Transforme seu trabalho com as dicas de escrita do Stephen King, um dos autores mais lidos do mundo. 

Antes de se tornar o Rei do Terror, Stephen King comeu o pão que o diabo amassou. Abandonado pelo pai, ridicularizado pelos seus professores, tendo presenciado a morte trágica de um amigo esmagado por um trem, por pouco um dos escritores mais famosos de todos os tempos não desistiu de tudo e voltou para o seu trabalho em uma lavanderia.

Por pouco mesmo. Tabitha, sua esposa, chegou a resgatar da lixeira o manuscrito de um romance recém-feito que ele chamou de Carrie.  

Você não leu errado. Stephen King lançou ao lixo seu romance Carrie – A Estranha por acreditar que ninguém gostaria da sua história. 

Mas, a pergunta que não quer calar é: como um homem que trabalhava em uma lavanderia e sequer acreditava nas suas aventuras pela escrita, acabou por se tornar um dos 10 autores mais lidos do mundo, premiado incontáveis vezes, traduzido para mais de 40 idiomas e adaptado dezenas de vezes para as telas do cinema e da televisão? 

King não é apenas o dono de uma mente cheia de ideias loucas e assustadoras ou alguém com uma boa assessoria de imprensa ou de marketing. Stephen King é um artesão da escrita, um mestre das palavras.   

No artigo de hoje, você irá aprender algumas dicas de escrita reveladas por Stephen King na sua obra não-ficcional “Sobre a Escrita”. Redator, pegue um papel e uma caneta (ou, se preferir, abra o seu editor de textos) e anote as lições que irão fortalecer a sua redação, deixá-la tão melhor que será um abuso pagar apenas 5 reais por ela. 

Transpiração, não inspiração

Antes de tudo, você precisa abandonar a ideia romântica de que a escrita é pura inspiração. Não, não espere que um anjo de asas enormes apareça no seu quarto, já tarde da noite, e entregue nas suas mãos um artigo perfeito, já pronto, com as palavras certas que irão transformar o seu leitor em um grande comprador. 

Antes das dicas de escrita, entenda que o trabalho do escritor é duro, cansativo, bem semelhante ao de um escultor. Você precisa construir o que ainda não tem forma, arrancar partes desnecessárias, transformar uma enorme pedra em algo estruturado, simples de ser compreendido, mas belo.

Simples? Sim. Não ignore as palavras de Clarice Lispector, outra grande artesã da escrita: “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho”.

Escrever é um serviço artesanal, de certa forma. Para colocar uma palavra atrás da outra e dar a elas coerência e fluidez, você não precisa apenas de prática ou talento, mas também de algumas ferramentas.

O que Stephen King chama de Caixa de Ferramentas? 

Por que você, Redator, precisa anotar algumas dicas de escrita? Antes de tudo, entenda que um artigo não é apenas um amontoado de palavras reunidas sem objetivo algum. Você precisa vender um produto ou uma ideia e, para isso, o seu texto precisa ser construído intencionalmente – e para construir algo, você precisa de ferramentas.

As dicas de escrita são as ferramentas que você irá usar na construção do seu conteúdo.   

Cada escritor possui a sua própria Caixa de Ferramentas, é claro, mas podemos organizá-la assim: na primeira prateleira está o vocabulário, seus pregos e porcas; na segunda prateleira, a gramática, que te ajudará a evitar erros grotescos ou construções bizarras.

Você já começou a criar centenas de argumentações para invalidar os direcionamentos dados por King? Fez biquinho, cruzou os braços e bateu o pé sem paciência alguma? Chamou o escritor de bobo, feio e cara de mamão?  

“Então, quer dizer que para escrever artigos eu preciso ser um leitor assíduo e estudar gramática? Quem ele pensa que é para dizer algo assim? Não preciso de tudo isso, tenho o ChatGPT.”

Respire fundo, Redator. Você não precisa erguer as suas muralhas, ninguém está te atacando. Caso a sua caixa de ferramentas esteja sem algumas peças, um pouco capenga ou enferrujada, não se preocupe ou ache que a profissão não é para você. Stephen King escreveu: 

“Você vai descobrir que tem a maioria das ferramentas de que precisa, mas é bom examinar cada uma delas enquanto as guarda na caixa. Tente olhar para todas como se fossem novas, lembre-se da função de cada uma e, se algumas estiverem enferrujadas (devem estar, se você não tem levado a escrita a sério), limpe-as.”   

Stephen King e as 3 dicas de escrita que irão transformar o seu conteúdo

A obra “Sobre a Escrita: A Arte em Memórias” contém mais do que apenas 3 dicas de escrita, é claro, mas decidi escolher apenas algumas que, a meu ver, funcionam bem para redatores de conteúdo, não apenas escritores de romances ou contos. 

É preciso deixar bem definido que, sim, há uma grande diferença entre um literato, um escritor de prosa, e um redator de conteúdo

Você, redator, não busca apenas entreter o seu leitor ou, quem sabe, construir personagens que carregam as dores ou dúvidas de todas as gerações. O seu objetivo é vender- através das palavras, sim, mas vender.

Sendo assim, escolhi as 3 dicas de escrita levando em consideração a sua função dentro do marketing. O objetivo é fazer com que os seus lucros aumentem, a sua capacidade de reter os leitores triplique, lapidando o canal que você usa para vender: a escrita.

Caso você possua algum problema com a ideia básica de que o seu trabalho é vender ou acredite que a profissão de vendedor representa algum demérito para o seu ego inchado, nós temos um problema e, desde já, digo que este artigo não é para você.

Dica 1. Pare de enfeitar a sua escrita

Há uma diferença enorme entre ter um vasto conhecimento literário, entender palavras rebuscadas ou termos antiquados, e construir uma frase complexa, prepotente, incompreensível para a senhorinha simples que, entre vassouras e panelas, resolveu pesquisar sobre o produto ou serviço que você está vendendo.

O seu artigo precisa ser bem estruturado, cheio de informações profundas e interessantes, mas sempre escrito de uma maneira simples. A redação de conteúdo não é sobre a elaboração de artigos acadêmicos ou bulas de remédios, é sobre vender – e apenas vende quem consegue ser compreendido.

 “Uma das piores coisas que se pode fazer é tentar enfeitar o vocabulário, procurando por palavras longas porque tem vergonha de usar as curtas de sempre.”

Stephen King, Sobre a Escrita.

Você, enquanto profissional da escrita, possui a obrigação de aumentar o seu vocabulário através de grandes obras literárias. Não existe boa escrita sem boa leitura. 

Mas, a sua escrita não deve ser simples por causa da sua incapacidade de escrever algo profundo. Você deve render a escrita à sua vontade, ser o senhor dela, de tal maneira que escrever com simplicidade seja uma escolha – não a sua única opção.

Dica 2. Tome cuidado com a gramática

Porque a gramática é importante para a sua redassão de conteúdo? Acredito que a linha anterior já tenha respondido a sua pergunta. Ela gerou incômodo ou, tão rápido quanto um piscar de olhos, fez você invalidar tudo o que escrevi até aqui? Imagine o que um artigo cheio de erros gramaticais pode causar ao seu produto. 

Segundo Stephen King, a gramática também tem que ficar na bandeja de cima da caixa de ferramentas, afinal é ela que fornece a estrutura para o seu artigo, para a mensagem que você deseja apresentar ou vender. 

“A gramática não é apenas chateação; é a estrutura em que você se apoia para construir pensamentos e colocá-los no papel.”

Stephen King, Sobre a Escrita.

A segunda das dicas de escrita te assustou? Você não precisa jogar tudo para o alto, arrancar os cabelos ou suspirar decepcionado. O seu objetivo não é lecionar gramática em uma sala de aula ou somar forças com Napoleão Mendes de Almeida ou Evanildo Bechara. 

O que você quer é escrever bons artigos, ser um grande redator de conteúdo, melhorar até as empresas entenderem que o seu trabalho vale mais do que 5 reais. Então, recupere a sua força e tenha em mente que você só precisa dominar os rudimentos gramaticais. 

Sem falar que, se você consegue se lembrar das músicas mais populares do Top10, de todas as coisas que carrega dentro da bolsa, de todos os participantes do BBB, eu aposto que você é capaz de memorizar algumas regrinhas básicas.

“Alguém que domine os rudimentos gramaticais encontra uma reconfortante simplicidade no coração da gramática, onde só precisa haver substantivos, palavras que nomeiam, e verbos, palavras que indicam ação.”

Stephen King, Sobre a Escrita

Dica 3. Evite a voz passiva

Redator, você está anotando todas as dicas de escrita? Deixe tudo registrado em um bloco de papel ou, se possível, rabisque nas paredes da memória. 

De nada vale aprender técnicas de SEO, conhecer todos os gatilhos mentais, se a sua escrita não for boa. Ela é a sua matéria-prima, a argila que irá transformar as informações confusas, disformes, em um texto bem estruturado e, cá entre nós, digno de admiração. 

A terceira das três dicas de escrita que separei para você é a de evitar a voz passiva nas suas orações. Stephen King diz que há dois tipos de verbos: ativos e passivos. Com um verbo ativo, o sujeito da frase está fazendo alguma coisa. Com um verbo passivo, algo está sendo feito com ele e o sujeito só está deixando acontecer.

“O sujeito tímido escreve ‘a reunião será realizada às sete horas’ porque, de alguma forma, a frase diz a ele ‘escreva dessa maneira e todos vão acreditar que você realmente sabe’. Livre-se desse pensamento traidor. Não seja um trouxa! Aprume-se, erga o queixo e assuma o controle da tal reunião! Escreva ‘a reunião será às sete’.”

Stephen King, Sobre a Escrita.

Quer outro exemplo? Vamos supor que o seu artigo seja sobre os benefícios de um remédio chamado “Caspirina”, combinado? 

O seu texto não precisa ser cheio de “caso você esteja incomodado com as dores de cabeça e queira um pouco de alívio, Caspirina pode ser útil”. Às vezes, o mais recomendado é que você seja direto e um vendedor corajoso: “Caspirina acaba com a sua dor de cabeça em 15 minutos”. 

É claro que existe lugar para a voz passiva. Você, enquanto redator, não deve agir como um sargento distribuindo ordens para os seus recrutas! Em alguns momentos, é preciso escrever de maneira branda e dócil, a fim de gerar identificação com o leitor e impedir que a sensação de ataque ou constrangimento ganhe espaço. 

Mas, em outros momentos, o redator precisa escrever com segurança, firmeza, a fim de que a sua certeza convença o leitor, ainda confuso, a ser também um comprador. 

Então, tome bastante cuidado quando for escrever o seu artigo! Não permita que a voz passiva transforme o seu conteúdo em um amontoado de inseguranças feito por alguém que está pedindo perdão por ter cometido o terrível crime de vender.

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Pare de enfeitar o seu vocabulário, preocupe-se com a gramática e escreva de maneira direta, sem pedir perdão ou permissão. Três dicas de escrita que irão transformar o seu conteúdo e fazer de você, redator, um profissional bem diferente da maioria que está aceitando qualquer pagamento.

A escrita não precisa ser apenas um hobby, um trabalho extra que você faz aos finais de semana ou depois que chega do seu emprego de carteira assinada. Se você quiser, a redação de conteúdo pode ser a sua profissão. 

Mas, é claro que para a redação de conteúdo ser a sua profissão, as empresas precisam pagar mais de 5 reais pelo seu texto! Não vamos cair em fantasias. As contas chegam, e é um absurdo escrever 20 artigos para comprar um botijão de gás. 

O problema é que as empresas não irão pagar mais pelos seus textos só por acreditarem nos seus sonhos! 

Você precisa estudar, ler, anotar dicas de escrita, aprender a analisar métricas, fazer o que poucos fazem; caso contrário, as empresas podem começar a achar que 5 reais por conteúdo está caro.  

Posso estar enganado, mas acredito que, se depois de todas as dicas de escrita o cansaço ou a desesperança não bateu, você realmente quer escrever melhor e lucrar com isso. Se for o seu caso, conte comigo. 

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